Unidade Araxá

A história de sucesso do Lucas Faria

Quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Lucas Ferreira de Faria, 24 anos, ex-aluno do curso de Automação Industrial do Campus Araxá,
e também do técnico em Eletrônica, foi aprovado no mestrado da Université Grenoble Alpes,
na França.
Ele foi aceito em três universidades francesas, porém escolheu o curso da École Nationale
Supérieure de Génie Industriel – Grenoble INP – Escola Nacional Superior de Engenharia de
Produção. A Grenoble INP Integrao complexo da Université Grenoble Alpes, que está entre as
100 melhores universidades do mundo. A seleção é feita por análise do dossiê.
Lucas recebeu uma bolsa de excelência do governo francês chamada Bourse IDEX. O processo
da escolha também é por análise de currículo e entrevista e são pouquíssimas as bolsas
concedidas atualmente. A bolsa ajudará a Lucas custear a vida na França
“Os mestrados na França são um pouco diferentes dos do Brasil, pois não solicitam um projeto
acadêmico com orientador antes de começar, isso é feito durante o mestrado. Porém o
segundo ano do mestrado, tem uma especialização que eu escolhi na área de Géstion des
Operations – Gestão de Operações, ou seja, gestão completa de processos industriais”
detalhou Lucas.

Trajetória acadêmica
Durante o curso de Engenharia de Automação Industrial, Lucas além de estudar muito, o
coeficiente acadêmico foi 89,3, trabalhou na maior parte da graduação, e ainda soube
aproveitar bem as oportunidades. Sempre que podia desenvolvia projetos acadêmicos,
participou do Pró-Técnico, como monitor, em dois anos. Uma iniciação científica, 2017/2018,
“Concepção e Viabilidade de um Sistema de um Chuveiro Inteligente” lhe gerou uma Patente
de Invenção (PI) em seu nome e dos professores Paulo Soave e Guilherme Rosa e do CEFET-
MG. O trabalho fez parte da Semana de C&T. Também integrou o PET de Automação
Industrial.
Lucas contou que “Estudar no exterior sempre foi meu sonho. Sempre tive vontade de
conhecer o mundo, por isso gosto muito de aprender idiomas. Falo quatro idiomas, português,
francês, inglês e espanhol. Estou começando a estudar alemão.”
“O CEFET sempre teve vagas de intercâmbio. Cheguei a tentar em 2016 e 2017, mas fui
recusado. Mesmo com coeficiente de rendimento alto, eu não tinha muitos projetos
acadêmicos para competir com Belo Horizonte onde os cursos de engenharia são em tempo
integral. Esse foi um dos motivos que me fez sair do meu primeiro trabalho e ir fazer projetos
no CEFET. Em 2018, houve uma mudança no edital e as vagas passaram a ser por campus e não
mais por cursos. Passei e fiquei seis meses na Université Grenoble Alpes no departamento de
Génie Electrique et Informatique Industrielle (Engenharia Elétrica e Informática Industrial),
quando fiz um projeto que se tornou o meu TCC,” informou Lucas.
Depois que voltou da França, Lucas fez a defesa do TCC que foi apresentado em francês, em
uma videoconferência entre Araxá e Grenoble. Este foi a primeira vez que um trabalho de final
de curso, em 121 anos da história do CEFET-MG, aconteceu em outro idioma. Para Lucas, o
CEFET lhe deu a oportunidade de ir para o exterior e lhe proporcionou a base acadêmica e

científica para isso. Antes da viagem, o Cefet-MG ofereceu aos intercambistas um curso de
francês básico com informações sobre os processos administrativos do país.
A colação de grau extraordinária em Engenharia de Automação Industrial de Lucas aconteceu
em junho. Como a pandemia paralisou as aulas, ele conseguiu se formar com pedido de análise
para a coordenação/diretoria/colegiado do curso.