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CEFET-MG

Professora Leni marcou presença no Senept 2017

Quarta-feira, 17 de maio de 2017

A Professora do Campus Araxá Leni Nobre de Oliveira apresentou duas comunicações científicas no V Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica – Senept 2017 que aconteceu em Belo Horizonte de 8 a 10 de maio. Uma, “Projeto de extensão e o trabalho do bolsista na utilização e construção de estratégias educativas inclusivas”, foi no Grupo “Educação Profissional e Tecnológica: trabalho, formação e qualificação profissional”. O outro trabalho “Recepção e percepção das manifestações da cultura afrobrasileira em Araxá” foi exposto no Grupo “Diversidade na Educação Profissional e Tecnológica: relações geracionais, étnico-raciais, diversidade sexual, inclusão e necessidades especiais”.

A professora Gisele Mine de Oliveira e o bolsista Hítalo César Alves foram co-autores dos dois trabalhos.

O Senept 2017 é um evento científico de abrangência nacional promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Cefet-MG. Tem por finalidade propiciar o intercâmbio entre pesquisadores e estudantes que se dedicam às questões relativas à Ciência, Tecnologia, Educação Científica, Tecnológica e Profissional.

Resumos

Projeto de extensão e o trabalho do bolsista na utilização e construção de estratégias educativas inclusivas

As políticas estudantis de assistência, acolhimento e permanência de alunos no ensino básico, técnico e tecnológico do Cefet-MG, para além de contribuir com a subsistência dos beneficiados durante o curso, têm cumprido um papel de muita importância para o sucesso do estudante na vida prática, nas pesquisas, nos estudos e na percepção do mundo ao seu redor. Seguindo as orientações da LDBEN, a escola básica deveria qualificar os jovens para o mercado de trabalho, para a continuidade dos estudos e para a cidadania considerando seu desempenho na vida prática. Nesse caso, os Projetos de extensão se configuram como excelentes oportunidades para o crescimento e visibilidade dos jovens no meio em que vivem, principalmente em se tratando de propostas que articulem esses jovens a aspectos relacionados ao seu espaço de vivência e de convivência, possibilitando percepções e interferências significativas para eles. Assim, nesta comunicação, apresentaremos as propostas e os resultados de um Projeto de Extensão idealizado por dois professores e dois bolsistas, cuja intervenção na coletividade local propõe perspectivas diferenciadas de construção de estratégias educativas inclusivas, tanto para os alunos quanto para os coordenadores do Projeto e para a comunidade estudantil. Tal projeto, além de propiciar aos participantes as lides com as situações e as regras próprias do trabalho de pesquisa científica, facilitou a construção de conhecimentos e de estratégias educativas inclusivas do ponto de vista das diversidades etnicorraciais e suas manifestações performáticas de herança africana e sincréticas na comunidade em que os próprios bolsistas interagem, contribuindo para a preparação de um conjunto de informações e dados importantes para a reflexão dos grupos enfocados, como também para a coletividade, além de servirem para subsídio do trabalho de professores em sala de aula.

Palavras-chave: LDBEN; políticas estudantis; projeto de extensão

Recepção e percepção das manifestações da cultura afrobrasileira em Araxá

Araxá, cidade situada no Alto Paranaíba, teve seu período de povoamento no final dos setecentos. Conforme pesquisa bibliográfica, no período 1816-1888, “riqueza e atividades produtivas estavam intimamente ligadas à posse de cativos, encontrada, em geral, na forma de pequenos e médios plantéis no Alto Paranaíba. O período de povoamento informal da região iniciou-se bem antes dessa fase, como conseqüência da ocupação do Sertão da Farinha Podre, de forma diaspórica, a partir das diversas minas e fazendas, por quilombolas, negros alforriados ou em estado de alforria e mestiços, além dos fugidos das senzalas. Isso propiciou a presença de manifestações culturais e religiosas relacionadas às suas origens. Esse passado histórico de uma exploração mais tardia da mão de obra escrava legou uma memória muito rica das manifestações culturais africanas. É relevante a presença da cultura afrobrasileira no município de Araxá/MG, porém o seu reconhecimento e a compreensão de suas manifestações como arte, cultura e religiosidade pela população ainda é incipiente. Foi pensando nisso que o projeto de extensão “Memória da Cultura afrobrasileira de Araxá: Congado, Folias de Reis e Capoeira” foi desenvolvido nos anos de 2015 e 2016 para promover ações que possibilitem a valorização e o reconhecimento social destes grupos. Desta forma, a justificativa do projeto também foi o atendimento aos PNC’s em diversas habilidades e competências e o cumprimento da Lei 10.639/2010 que tornam obrigatório o ensino de História da África e das culturas afrobrasileiras nas instituições de educação, bem como a compreensão da história destes grupos sócio-culturais no Brasil. A metodologia adotada foi revisão bibliográfica, entrevistas qualitativas, registro dos eventos, reuniões e festas dos grupos culturais afrobrasileiros de Araxá pelos bolsistas e professores envolvidos. Através da realização do projeto percebeu-se a existência de uma grande variedade de grupos congadeiros em Araxá que vêm ganhando relevância em nível municipal e regional.

Palavras-chave: cultura afro-brasileira, manifestações performáticas, memória cultural